terça-feira, 29 de novembro de 2011

Namore uma garota(ou um garoto) que lê...

Oi, pessoas das ideias!


Como ainda estou preparando o meu post da semana, compartilho com os amigos um texto super legal do blog Livros só mudam pessoas(segue o link)(http://www.livrosepessoas.com/2011/08/15/namore-uma-garota-que-le/),  uma das ideias que eu sigo. Eu já tinha lido antes, inclusive  tem uma versão masculina, também muito inspiradora.


"Você vai sorrir tanto que acabará por se perguntar por que é que o seu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Vocês escreverão a história das suas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos mais estranhos ainda. Ela vai apresentar os seus filhos ao Gato do Chapéu [Cat in the Hat] e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos de suas velhices, e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto você sacode a neve das bota".



"Encontre uma garota que lê. Você sabe que ela lê porque ela sempre vai ter um livro não 
lido na bolsa".

Agarra essa ideia!!!!!

Até breve.

domingo, 27 de novembro de 2011

Ampliando os horizontes - Mais Cultura - Territórios de Paz

Seguindo o princípio deste blog, que é o compartilhar "ideias de canário", ou seja, abrir a mente e o coração, para "trocar figurinhas" e  leituras, não só de livros mas da vida como um todo, o "Ideias" estará  trazendo aos amigos, sempre que os caminhos se cruzarem, iniciativas, divulgações, enfim... 
Como sempre afirmamos nas postagens, o espaço está à disposição dos amigos que quiserem compartilhar  ideias e ações.

A temporada de libertar  "ideias de canário" está permanentemente aberta por aqui.
Então, vamos lá:






















domingo, 20 de novembro de 2011

Consciência negra - IV Super-herói negro:

           Todo mundo tem nome e sobrenome, certo, mas nem sempre foi assim e a origem dos sobrenomes evoluiu ao longo da história de várias maneiras:indicando característicasprofissões, origem materna ou paterna (conforme a origem mais nobre de um ou outro genitor) ou,  ainda, indicando o lugar de origem de alguém.  O que hoje em dia é uma obrigação civil, na antiguidade, era um privilégio de nobreza, não era pra todo mundo não, viu?
         Mas este livro,  de Ivan Jaf, (ed. Atica, 1997) apresenta  um super-herói pra la de bacana e nobre tanto na origem quanto no sobrenome, comum  à maioria dos negros no Brasil: O Silva ("da selva"), um borracheiro negro, morador do Morro da Mangueira que em uma noite de carnaval, depois de tomar umas e outras para comemorar a amor por sua escola de samba do coração, encontra pelo  caminho algo que mudara completamente sua vida pacata. 
O Silva negro, borracheiro, herói e brasileiro
          Casado, torcedor do Botafogo e pai de três filhos, Betinha, Valtencir e Bira, a vida do Silva não é fácil nem diferente da de nenhum outro pai de família trabalhador brasileiro e,  com ele, num pequeno barraco, além da mulher e dos filhos mora, ainda, a sogra.
          O super-herói em questão é um homem negro, trabalhador, brasileiro que, utilizando-se de instrumentos basicamente corriqueiros foi capaz transformar o mundo ao seu redor. Estão presentes na narrativa de Jaf, questões como o tráfico, a corrupção, a manipulação da mídia, a pobreza, o crime, mas também fazem parte do universo dos Silva a honestidade, a solidariedade e o senso de justiça que faz com o que o Silva passe a defender os fracos e oprimidos do morro da Mangueira.
        Quem já conhece o livro, com certeza deu boas risada com este 'super' brasileiro, quem ainda não leu, "bora" ler,  prá ontem!!!

E, através deste Silva,  fica a homenagem do Ideias de 
Canário aos 365 dias de consciência negra no Brasil!








quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Consciência negra III - identificação cultural x personagens afro-descendentes

 Olá amigos, 
A nossa ideia de hoje  aponta para um fator importantíssimo quando se trata de leitura e, mais ainda, em se tratando de literatura voltada para os pequenos leitores:  a identificação positiva com o(s) personagem(ns).
Não é novidade nenhuma, pelo menos para alguns mais atentos às ideias da vida, que todas as gerações de leitores infantis, até ontem, bebiam do imaginário de obras clássicas, contos de fadas de renome internacional e atemporalmente consagrados (e nisso incluo também o Sr. Monteiro Lobato, mas esse é um caso sério de estudo a ser passado completamente a limpo e não pra hoje, nem em uma única postagem, com certeza), entretanto, para meninos e meninas negras(e neste grupo etário eu me incluo) as referências eram inexistentes, ou pior,  eram apresentandas em situação de inferioridade, subalterna  depreciativa. Coisas do etnocentrismo.
Bem, paro de tagarelar porque hoje a fala não será minha. 
A professora  Maíra Suertegaray deu-nos o prazer de compartilhar com o Ideias de Canário uma experiência bem pessoal como mãe e escritora que busca exatamente o tipo de identificação étnica de que se falou acima para os pequeno leitores, sejam eles afro-descentes ou não. Com a palavra, a escritora Mayra Suertegaray:


Como entrei no universo literário Infantil?

Como comecei a escrever para crianças? Como professora de sexto e sétimo anos, buscava novas formas de trabalhar Geografia, formas mais lúdicas, leituras mais agradáveis com fantasia e, ao mesmo tempo, com conteúdo científico. Mas, como foi difícil encontrar. Por outro lado, minha filha de 3 anos começava a despertar sua curiosidade sobre as coisas ao seu redor, sobre os fenômenos da natureza, sobre o Sol, a Lua, as estrelas...
Dandara, a menina com verdadeiras Ideias de canário.
Por que não unir as duas coisas? Na hora de dormir, Dandara e eu conversávamos sobre estas curiosidades infantis tão próprias da idade e as histórias começaram a surgir. Foi assim que nasceu a história de “Dandara, o Dragão e a Lua”, narrativa que fala de uma menina muito curiosa que adora o céu. Por ser muito atenta e observadora, descobre muitas coisas, mas também tem muitas perguntas... A partir desta paixão, Dandara e seu dragão mágico partem para uma viagem pelo espaço na busca de trazer a Lua e as estrelas pra seu quarto.
História pronta, as imagens começaram a brotar na minha cabeça. De uma coisa eu tinha certeza, a Dandara seria a Dandara, ou seja, uma menina mestiça filha de mãe branca e de pai negro e sua família seria a nossa família. Seria uma personagem principal afrodescendente. Foi esta informação que dei a ilustradora Carla Pilla, amiga de infância e artista excepcional na arte da ilustração. Ela fez a mágica.
Como professora e mãe vejo o questionamento das crianças sobre “Onde estão os heróis, as princesas e os príncipes negros?” Pois é, onde estão as referências para este público infanto-juvenil?  Mais uma razão para a defesa desta personagem.
E Dandara, de fato, alçou altos voos. Fiz e continuo fazendo contações de histórias em várias escolas para crianças da pré-escola até o 6o ano do Ensino Fundamental e cada uma delas me traz ensinamentos incríveis. O personagem da Dandara ensina através de suas perguntas e desperta nas crianças ainda mais curiosidade. Isto, para mim, mãe e professora, é fundamental.  A curiosidade dá significado para aquilo que se aprende, a curiosidade impulsiona o desenvolvimento da criança. Precisamos estimulá-la sempre.
É com base nestes focos que sigo escrevendo minhas histórias para os pequenos. Escrever livros é difícil, o espaço precisa ser conquistado e ainda é muito restrito para novos autores. Mas insisto, pois vejo uma lacuna a ser preenchida, tanto no que se refere aos livros literários com conteúdos científicos que podem ser trabalhados nas escolas, como quanto aos livros com personagens afrodescendentes que sirvam de referencias para as crianças, personagens com os quais elas se identifiquem e se orgulhem de suas origens.
Por isso, aguardem: novas aventuras da Dandara virão por aí!
Maíra Suertegaray (Profa. Dra. Depto. Humanidades do Colégio de Aplicação da UFRGS



             Leitores de todas as idades, em especial os pequenos, aguardam por mais iniciativas como essas. Que às próximas gerações seja dada não só a história para ler, mas também um universo onde ela possa também reconhecer-se suas origens étnicas.
À  professora Maíra, fica nosso muito obrigada pela participação,  parabéns pela iniciativa e votos de sucesso (garantido, com certeza) em suas novas incursões pelo mundo encantado da literatura infantil.
Amigos, até a próxima ideia
Cármen Machado.

http://www.filedegato.com/home.aspx
http://carla-pilla.blogspot.com/
http://www.carlapilla.com.br/
http://www.editoracassol.com/

sábado, 12 de novembro de 2011

Consciência negra II

MERCADO AFRO-LITERÁRIO: O EMERGENTE INVISÍVEL?
      A questão da leitura como  meio de desenvolvimento pessoal e visão de mundo não pode deixar de levar em conta o pertencimento étnico-cultural tanto do leitor como dos escritores. 
O texto que segue (no link)  aborda o status do mercado afro-literário brasileiro em face da Lei 10.630/2003, que prevê a obrigatoriedade da inclusão da História Africana e Afro-Brasileira no currículo escolar.
http://www.japer.org/2011/10/mercado-afro-literario-o-emergente-invisivel/

   Extremamente pertinentes as considerações a respeito das questões de mercado afro-literário no Brasil, uma vez que, conforme é dito no próprio texto, o segmento ainda "engatinha. Vários e conhecidos  são os motivos desse status. De minha parte, como afro-descendente, leitora e profissional da área de língua e literatura, acredito que as iniciativas públicas nesse sentido não colaboram para além do necessário, mesmo quando são decorrentes da aplicação da Lei 10.639.
    Especificamente em relação aos livros didáticos da área de Língua e Literatura, o conteúdo, infelizmente, é ainda abordado em capítulo separado(geralmente o último) dentro do livro. Uma vez que, na maioria das escolas públicas, os professores têm a opção de escolha em relação ao material a ser adotado em sua área, é importante que tenha em mente não só a obrigatoriedade legal quando for fazer sua escolha, mas também utilizar-se de senso crítico, afim de que a escolha seja a mais acertada e verdadeira possível.
     Quanto à literatura em geral, cabe ainda um maior empenho dos leitores(dentre os quais devem, obrigatoriamente, estar os professores de todas as áreas) no sentido de buscar conhecimento de autores, obras, editoras e livreiros efetivamente  interessados na questão afro-descendente no Brasil, caso contrário, a abordagem seguirá sendo feita de modo superficial e, nesse caso, o ganho será de mão única e haverá lucro apenas financeiro e, certamente, não para quem mais precisa.

Cármen Machado.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A vida real dos pássaros da literatura: Sincronismo dos pássaros - Murmuration

Fantástico, espetacular!!!
(Do blog Daka(http://dakirlarara.wordpress.com/),



imediatamente lembrei de José Saramago: em "A jangada de pedra", há uma participação especialíssima dos estorninhos que acompanham, em indas e vindas,a busca dos dois casais,Joana Carda/Joaquim Sassa, José Anaiço/Maria Guavaira acompanhados (ou guiados?)pelo Cão.
"Na manhã do dia seguinte, um homem atravessava uma planície inculta, de mato e ervaçais alagadiços, ia por carreiros e caminhos entre árvores, altas como o nome que lhes foi dado, choupos e freixos chamadas, e moitas de tamargas, com o seu cheiro africano, este homem não poderia ter escolhido maior solidão e mais subido céu, e por cima dele, voando com inaudito estrépito, acompanhava-o um bando de estorninhos, tantos que faziam uma nuvem escura e enorme, como de tempestade. Quando ele parava, os estorninhos ficavam a voar em círculo ou desciam fragorosamente sobre uma árvore, desapareciam entre os ramos, e a folhagem toda estremecia, a copa ressoava de sons ásperos, violentos, parecia que dentro dela se travava ferocíssima batalha. Recomeçava a andar José Anaiço, era este o seu nome, e os estorninhos levantavam-se de rompão, todos ao mesmo tempo, vruuuuuuuuuu. Se, não sabendo quem este homem é, nos puséssemos a querer adivinhar, diríamos que talvez seja passarinheiro de ofício ou, como a serpente, tem poder de encanto e habilidades atractivas, quando o certo é estar José Anaiço tão duvidoso como nós sobre as causas do alado festival, Que quererão de mim estas criaturas, não estranhemos a palavra desusada, há dias em que as comuns não apetecem.Vinha o caminhante de nascente para poente, calhara assim o caminho e o passeio, mas, por ter de ladear uma grande alverca, virou para o sul em curva, ao longo da margem. Para o fim da manhã começará a aquecer, por enquanto há uma brisa frescal e límpida, lástima não poder guardá-la no bolso para quando viesse a ser precisa na hora do calor. Ia José Anaiço discorrendo estes pensamentos, vagos e involuntários como se não lhe pertencessem, quando deu por que os estorninhos tinham ficado para trás, esvoaçavam além, onde o carreiro faz a curva para acompanhar a lagoa, procedimento sem dúvida extraordinário, mas enfim, como se costuma dizer, quem vai vai, quem está está, adeus passarinhos. José Anaiço acabou de contornar a alverca, quase meia hora de passagem difícil, entre espadanas e silvados, e retomou o caminho primeiro, na direcção em que antes viera, de oriente para ocidente como o sol, quando de súbito, vruuuu, apareceram outra vez os estorninhos, onde teriam estado eles metidos. Ora, para este caso não há explicação. Se um bando de estorninhos acompanha um homem em seu passeio matinal, como um cão fiel ao dono, se espera por ele o tempo de dar a volta a uma lagoa e depois o segue como antes vinha fazendo, não se lhe peça que diga ou averigue os motivos, pássaros não têm razões mas instintos, tantas vezes vagos e involuntários como se não nos pertencessem, falávamos dos instintos, mas também das razões e dos motivos."(...) (Companhia das letras)

 Em mais essa irretocável narrativa do mestre Saramago,  a Península Ibérica aparta-se, literalmente, da Europa,numa alusão crítica do autor quanto à unificação européia em relação aos países ibéricos, postos de lado, navegando à deriva sem se identificarem cultural, social ou economicamente com o resto do continente.
 Releitura mais do que obrigatória pra mim. Quem ainda não leu, tá esperando o quê, depois desse vídeo, prá lá de inspirador?

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Consciência negra - I

       A consciência  afrodescendente, que me acompanha durante 364 dias é "exaltada oficialmente" no dia 20 deste mês que se inicia. Essa data, que homenageia Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência negra no país, faz parte do calendário desde o final da década de 70, quando os movimentos sociais começaram a ressignificar o movimento negro. A partir de então, foi necessariamente enfatizada a ancestralidade dos valores civilizatórios africanos que, por força da socialização etnocêntrica foram deixados de lado por tanto tempo. 
     Desde então, uma série de políticas públicas vêm sendo adotadas em todas os segmentos da sociedade brasileira, principalmente na educação, com objetivo de combater o preconceito e a discriminação racial no Brasil.
    Com lei 10.639/2003, que prevê a obrigatoriedade do ensino de História da África e da Cultura afro-descendente no ensino, o currículo escolar, na sua totalidade e, em particular(para o caso deste blog) a literatura, necessita de um outro olhar. Um olhar que seja capaz de perceber, respeitar e valorizar as especificidades étnicas da comunidade escolar. Os alunos e suas famílias, professores, servidores, direção, coordenação, ...- precisam reconhecer suas origens culturais no ambiente escolar. 
     Que dizer, então, do livro didático?
     Que dizer da Literatura?
    Que dizer de Machado de Assis (a quem o nome deste blog homenageia), escritor afro-descendente que teve sua origem racial "ignorada" (não esquecer o recente comercial da Caixa Econômica Federal)? 
   Que dizer de Luiz Gama, Solano Trindade, Cruz e Souza, Lima Barreto, Auta de Souza, José do Patrocínio?
Luiz Gama 
Ainda, que dizer de todos os outros dos quais nunca ouvimos falar (e jamais ouviremos ou leremos nada por eles escrito) porque tiveram suas  vozes abafadas devido a cor de sua pele? Isso pra ficar  só na Literatura. 
    Então, em nome da consciência de pertencimento étnico-racial que durante muito tempo esteve à sombra do "mito da democracia racial", o   Ideias de Canário, neste mês (e todos os outros também), dedica suas postagens a alguns desses escritores e suas obras.
Até breve, amigos.
Cármen Machado.


Luiz Gama, 1830-1882


A bodarrada

Quem Sou Eu?
O que sou e como penso, 
Aqui vai com todo o senso,
Posto que já veja irados
Muitos lorpas enfunados,
Vomitando maldições
Contra as minhas reflexões.
Eu bem sei que sou qual Grilo
De maçante e mau estilo; 

E que os homens poderosos 
Desta arenga receosos, 
Hão de chamar-me tarelo, 
Bode, negro, Mongibelo; 
Porém eu, que não me abalo, 
Vou tangendo o meu badalo 
Com repique impertinente, 
Pondo a trote muita gente. 
Se negro sou, ou sou bode, 
Pouca importa. O que isto pode? 
Bodes há de toda a casta, 
Pois que a espécie é muita vasta... 
Há cinzentos, há rajados, 
Baios, pampas e malhados, 
Bodes negros, bodes brancos, 
E, sejamos todos francos, 
Uns plebeus, e outros nobres, 
Bodes ricos, bodes pobres, 
Bodes sábios, importantes, 
E também alguns tratantes... 
Aqui, nesta boa terra, 
Marram todos, tudo berra; 
Nobres Condes e Duquesas, 
Ricas Damas e Marquesas, 
Deputados, senadores, 
Gentis-homens, vereadores; 
Belas Damas emproadas, 
De nobreza empantufadas; 
Repimpados principotes, 
Orgulhosos fidalgotes, 
Frades, Bispos, Cardeais, 
Fanfarrões imperiais. 
Gentes pobres, nobres gentes, 
Em todos há meus parentes. 
Entre a brava militança 
Fulge e brilha alta bodança; 
Guardas, Cabos, Furriéis, 
Brigadeiros, Coronéis, 
Destemidos Marechais, 
Rutilantes Generais, 
Capitães de mar e guerra, 
— Tudo marra, tudo berra — 

     (...)

 Primeiras trovas burlescas de Getulino (1861). 



 Outras Referências:
http://f5.folha.uol.com.br/televisao/988689-caixa-refaz-propaganda-e-mostra-machado-de-assis-mulato.shtml
http://pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_gama
http://institutoluizgama.org.br/portal/
http://www.njobs.com.br/seppir/pt/
http://www.seppir.gov.br/