sábado, 22 de setembro de 2012

Regrinhas básicas para book tour "Contos de fada tornam-se adultos"



Olá, amigos que toparam participar do book tour Contos Infantis tornam-se adultos.
Com certeza vocês vão curtir a leitura.
Então vamos à ordem:

1- Mundo SA
2- O mundo de ninguém
3- Mundo literário
4- Arte Around the World
5- Recanto do escritor Sérgio Carmach

http://snack.to/bzu5bfaf

  • Seguir pelo GFC  Ideias de canário e os outros participantes do tour;
  • Levar para o seu blog o banner acima(basta clicar no link da legenda e copiar o código); 
  • Marcar o livro Contos infantis tornam-se adultos como "lido" no skoob;
  • Marcar Para sempre Ana como lido no skoob;
  • Curtir as fan pages dos blogs  Mundo literárioIdeias de canário e Arte Around the World
  • Comprometerem-se em passar o livro para o próximo da lista em pelo menos 30 dias(qualquer entrave no prazo, avisar: por e-mail -migmuca@yahoo.com.br)
  • Publicar a resenha nos respectivos blogs e no skoob; 
Estando todos de acordo, basta comentar neste post e correr pro abraço.

bjokk,
Cármen Machado.

domingo, 16 de setembro de 2012

Adeus à humanidade


Olá, caríssimos amigos das ideias.
Sempre que consigo publicar uma resenha e estar produzindo por aqui é uma glória pra mim. O trabalho não tem me permitido dedicação exclusiva ao Ideias de canário, mas fiquem sabendo que tenho mais três resenhas na "agulha", quase prontas para serem disparadas, sem falar no book tour de Contos de fada torna-se adultos  que ainda esta semana deve começar a rodar.
A ideia hoje é para que os amigos leitores deem "Adeus à humanidade". Vamos seguir os passos fantásticos dos personagens criados pela escritora Márcia Rubim nesta, já não tão improvável história de amor entre... bom vamos à resenha e, depois, corre às boas casa do ramo para  ler a obra ou, tenta a sorte nas promoções que estão no ar nos blogs amigos o mais depressa possível.



 Adeus à Humanidade  -  Marcia RubimNovo
Editora: Novo Século/Selo: Novos Talentos da Literatura Brasileira
Páginas: 392/Ano de Lançamento: 2012
Em Adeus à humanidade, da autora carioca Márcia Rubim, os fatos são narrados, em primeira pessoa, por Stephanie, nossa protagonista.  É pelo ponto de vista dela, de seus princípios e de sua humanidade que o leitor vai tomando conhecimento do mundo em que vive: a superficialidade de suas relações amorosas, sua acomodação com a situação familiar, seu quase distanciamento afetivo em relação à mãe, por sentir-se tão diferente fisicamente dela e, em contrapartida a isso , o enorme apego a Juninho, seu meio-irmão. 
É a própria Stephanie, jovem carioca de aproximadamente 20 anos, quem expõe - diante dos nossos ávidos olhos de leitor - sua confortável situação econômica, devido ao fato de ser filha de um renomado hematologista, que vive no exterior com sua segunda esposa. Stephanie descreve-se como estável emocionalmente, é uma menina do bem, enfim, é normal, humana, mas também deixa bem claro que se sente vazia, com um “buraco que não conseguia preencher”:

    Às vezes eu parecia um peixe fora d’agua.  Sentia falta de ter um objetivo, de fazer planos para o futuro. Não fazia parte de lugar nenhum neste mundo. (...) Nada mudava, inclusive eu. “(p.12)

Então, algo acontece na imutável existência de Stephanie: Seu pai desaparece misteriosamente e, com ele, a estabilidade financeira, obrigando-a a tomar atitudes drásticas para o seu acomodado padrão comportamental. Ela vai à luta em busca da subsistência, pois é a única em condições de fazê-lo, não só pelo bem da mãe e do irmão, a quem tanto ama, como também por ela própria.
É neste momento que a verdadeira essência dessa jovem vem à tona. A vida despreocupada no Rio de Janeiro é substituída por uma rotina pesada de trabalho em São Paulo, para onde se vê obrigada a mudar na busca de um melhor salário como enfermeira. Toda a capacidade de luta que tinha guardada dentro de si (e que acredito que nem ela mesma sabia ter), a ponto de privar-se inclusive de uma boa alimentação a fim de fazer economias para ajudar no tratamento do irmão, é posta em cena e uma nova Stephanie nasce. A enfermeira Stephanie, competente, capaz, determinada e criteriosa. Mas ainda vazia:
         
                                                “Agora sim, estava realmente sozinha... –  refleti.
                         Ou melhor, eu e o meu vazio. Ele sempre me       acompanhava onde quer que eu estivesse, em qualquer época e intensamente. E tudo o que ele fazia era somente crescer, como se o nada pudesse ser medido.” (p.56)

Nessa nova fase de sua vida, com todas as dificuldades que enfrenta, ela mostra um lado interessante de sua personalidade, que é a capacidade achar graça de si própria e de algumas situações embaraçosas em se vê envolvida, inclusive em relação ao difícil Dr. Richard, o médico infalível, o exigente e temido hematologista bonitão, mas também o “insuportável” do hospital no qual ela acaba indo trabalhar.
“A vida é mesmo uma coisa muito estranha”...
É desta maneira que Stephanie começa contando sua história. Mas ao mesmo tempo em que ela faz essa constatação, sua vida vai seguindo por caminhos que parecem ter sido traçados “na maternidade” (olha a engraçadinha da Stephanie soprando palavras no meu ouvido rsrsrsr) desde 1872: neta de uma mulher que era portadora de uma doença sanguínea rara e incurável, filha de um hematologista desaparecido de forma inexplicável, trabalhando em um hospital como enfermeira assistente de um hematologista muito atraente, mas também misterioso e fascinante, por quem ela está perdidamente apaixonada. Bingo!     
Salta por entre as linhas, a cada página lida que o “vazio” de Stephanie está prestes a ser preenchido, por mais que  tente fugir disso. E como tenta.
A realidade do que Richard realmente é cai na existência de Stephanie como uma bomba, mas ela, mais uma vez, supera-se e deixa que o amor assuma o comando de sua essência humana. Por fim Stephanie encontrara o que tanto lhe faltava, a sua metade da laranja, e não seria a diferença que havia entre eles a fazê-la desistir:
                                                 
               “...salvara todas as pessoas que dele dependiam... E estava salvando a minha também. Curando meu vazio, que fora preenchido totalmente por seu amor, livrando-me de um buraco negro no qual havia caído, pensando em nunca mais dele ser possível retornar.” (p.203)

Em Adeus à humanidade, um amor improvável mostra aos leitores o quanto é possível superar diferenças e dificuldades impostas pela vida (ou pela morte). Viver para amar ou amar a ponto de morrer é o que importa para Stephanie e Richard a partir do momento em que assumem o amor um pelo outro  e ambos dão provas disso: ele ao arriscar a vida para curá-la, ela, ao aceitar incondicionalmente a existência cheia de amor, mas fora da humanidade e ao lado dele para sempre.

Então é isso amigos. Espero que tenham gostado e que em breve tenham lido a obra da excelente Marcia Rubim  e sentido, através das linhas como é amar e dizer Adeus à humanidade.

Até a próxima ideia.
Cármen Machado.